Lula assina decreto e reconhece oficialmente a música gospel como patrimônio cultural brasileiro
Em uma decisão histórica, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assina nesta terça-feira (23), no Palácio do Planalto, o decreto que reconhece oficialmente a música gospel como patrimônio cultural do Brasil. A medida representa um marco para o segmento cristão e fortalece o diálogo do governo com o público evangélico, que tem se mostrado um dos mais críticos à atual gestão.
O decreto é resultado de uma ampla articulação política que contou com a participação da senadora Eliziane Gama (PSD-MA), do advogado-geral da União, Jorge Messias, do ministro da Secom, Sidônio Palmeira, além da ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann.
Reconhecimento vai além da música
O texto não contempla apenas as canções gospel. O decreto também abrange outras expressões culturais ligadas à fé cristã:
• Teatro cristão
• Literatura religiosa
• 🎶 Manifestações culturais e artísticas do segmento
O documento estabelece diretrizes para proteção, valorização e promoção dessas expressões, garantindo ao gospel um status institucional inédito no país.
Segmento em expansão
O gênero gospel é um dos que mais crescem nas plataformas de streaming no Brasil e movimenta uma grande cadeia econômica envolvendo eventos, produção artística e comunicação. Com o novo título de patrimônio cultural, a expectativa é de:
• Maior visibilidade institucional
• Novas oportunidades de financiamento
• Ampliação de editais e apoio cultural
• Fortalecimento do mercado gospel
Movimento estratégico de olho em 2026
A medida também tem forte peso político. Pesquisas recentes mostram dificuldades do governo em dialogar com o eleitorado evangélico, tradicionalmente inclinado a pautas conservadoras. Ao reconhecer a cultura gospel como patrimônio, o Planalto busca aproximar-se do segmento e reduzir resistências, já pensando no cenário eleitoral de 2026.
A cerimônia deve reunir artistas renomados da música cristã e grandes lideranças religiosas de diferentes denominações.






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