STF forma maioria para manter Wanderlei Barbosa no governo do Tocantins
O Supremo Tribunal Federal (STF) atingiu — na noite desta quarta-feira (10) — a marca de 3 a 0 e garantiu a maioria necessária para referendar a liminar que devolveu o mandato ao governador Wanderlei Barbosa (Republicanos). A decisão foi tomada no âmbito de uma sessão virtual da 2ª Turma da Corte.
Votos favoráveis à permanência
- O relator, Kassio Nunes Marques, abriu a sessão com a liminar que autorizou o retorno imediato de Wanderlei ao cargo.
- O ministro André Mendonça acompanhou o relator, argumentando que o afastamento imposto pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) não demonstrava “fundamentação robusta e inequívoca necessidade”.
- À noite, o voto do ministro Luiz Fux consolidou a maioria para manter o governador no cargo.
Faltam agora os votos dos ministros Gilmar Mendes e Dias Toffoli — mas com 3 a 0, a tendência é de manutenção da liminar até o fim da sessão, prevista para 23h59 de quinta-feira (11).
O que motivou a liminar e o retorno de Wanderlei
- A liminar, concedida por Nunes Marques no dia 5 de dezembro, suspendeu os efeitos do afastamento imposto pelo STJ, permitindo o retorno imediato de Wanderlei ao comando do Executivo.
- O argumento central foi a falta de contemporaneidade entre os fatos investigados — relativos a contratos de cestas básicas durante a pandemia de Covid-19 em 2020–2021 — e a medida extrema de afastamento adotada apenas em 2025.
- Também pesou o entendimento de que não há risco imediato à investigação ou à ordem pública, e que a retirada de um governador eleito deveria ser medida excepcional e justificada de forma inequívoca.
Consequências políticas imediatas
Com a maioria no STF, Wanderlei Barbosa permanece no cargo enquanto as investigações da Operação Fames-19 continuam em curso, o que põe fim à possibilidade de afastamento imediato por ora.
Desde o retorno, o governador já exonerou o primeiro escalão nomeado pelo vice-governador interino e retomou o controle da administração estadual — reativando secretarias e nomeando aliados para cargos estratégicos.
O que esperar nas próximas horas
Embora a maior parte da Segunda Turma já tenha votado, a sessão segue aberta até quinta-feira. Caso os dois ministros restantes acompanhem a tendência já firmada, a liminar será definitivamente referendada — consolidando o retorno de Wanderlei Barbosa ao cargo. Caso algum mude de posição, o quadro pode ser revisto.
De toda forma, o desfecho do julgamento será decisivo não apenas para o presente, mas também para o clima político no Tocantins, especialmente diante das eleições previstas para 2026.






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