EUA REVOGAM SOBRETAXA DE 40% SOBRE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS DO BRASIL APÓS ARTICULAÇÃO DIPLOMÁTICA ENTRE LULA E TRUMP
O governo brasileiro celebrou, nesta quarta-feira (20/11), um avanço diplomático considerado crucial para o agronegócio nacional. Os Estados Unidos decidiram revogar a sobretaxa de 40% que incidia sobre diversos produtos agropecuários brasileiros, medida que vinha prejudicando a competitividade de carnes, café e frutas como manga, coco, açaí e abacaxi no mercado norte-americano.
A decisão consta em uma Ordem Executiva assinada pelo presidente Donald Trump, que cita diretamente a conversa telefônica com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, realizada em 6 de outubro. Segundo o documento, a medida foi influenciada pelo diálogo político entre os dois líderes e por recomendações internas que reconheceram avanços nas negociações comerciais entre os dois países.
Medida tem efeito retroativo e coincide com encontro diplomático em Washington
A revogação passa a valer de forma retroativa ao dia 13 de novembro, data que coincide com a reunião em Washington entre o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, e o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio. O encontro tratou justamente das barreiras tarifárias que vinham afetando setores estratégicos das exportações brasileiras.
Em nota oficial, o governo brasileiro afirmou que a decisão representa um “progresso significativo” no diálogo bilateral. O Itamaraty reafirmou ainda que continuará negociando a retirada de outras tarifas que seguem impactando produtos brasileiros no mercado dos Estados Unidos.
Lula comemora e diz que respeito mútuo foi determinante
Durante discurso no Salão Internacional do Automóvel, em São Paulo, o presidente Lula comemorou publicamente a novidade. Ele relembrou o impacto inicial da supertaxação e destacou a importância de manter equilíbrio diplomático.
Exportadores esperam recuperar espaço no mercado norte-americano
Com a retirada da sobretaxa, o setor produtivo brasileiro projeta retomar competitividade e aumentar o volume de vendas para os Estados Unidos, um dos destinos mais relevantes da pauta exportadora nacional.
A expectativa é que o fluxo comercial entre os dois países se intensifique, especialmente em um momento em que Brasil e EUA celebram 201 anos de relações diplomáticas.
A revogação também é vista como um gesto estratégico na reaproximação bilateral, podendo destravar novas rodadas de negociações comerciais ao longo dos próximos meses.






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