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Araguina,23/06/2025

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Setores evangélicos pressionam PL por candidatura de Marco Feliciano ao Senado em São Paulo

Com saída de nomes de peso e indefinição no bolsonarismo paulista, deputado aparece como aposta viável para ocupar espaço deixado por Eduardo Bolsonaro e Ricardo Salles


Setores evangélicos pressionam PL por candidatura de Marco Feliciano ao Senado em São Paulo

Com a proximidade das eleições de 2026 e a abertura de duas vagas ao Senado por São Paulo, o deputado federal Pastor Marco Feliciano (PL-SP) surge como nome de destaque nos bastidores políticos e entre lideranças evangélicas. Setores ligados às principais igrejas neopentecostais intensificaram articulações para viabilizar a candidatura do parlamentar, que desponta como uma das apostas do Partido Liberal para representar o bolsonarismo paulista na corrida ao Senado.


Feliciano ganhou fôlego após os resultados da pesquisa divulgada em fevereiro pelo instituto Paraná Pesquisas. No levantamento estimulado, ele aparece com 8,9% das intenções de voto — atrás de Eduardo Bolsonaro (33,1%), Guilherme Derrite (17,6%), Raí (15,2%) e Ricardo Salles (10,5%), mas à frente de nomes como Luiz Marinho (8,6%) e Mara Gabrilli (7,7%). Considerando a margem de erro de 2,5 pontos percentuais, o deputado figura tecnicamente empatado com representantes de destaque no campo conservador.



Vácuo no PL favorece nome evangélico



A saída de figuras como Ricardo Salles, que migrou para o Partido Novo, e Guilherme Derrite, agora no PP, abriu espaço para novas lideranças dentro do PL. Além disso, a indefinição sobre a candidatura de Eduardo Bolsonaro, que atualmente reside nos Estados Unidos e não confirmou se disputará o pleito, deixou um vácuo estratégico no bolsonarismo paulista — um campo político onde Marco Feliciano mantém base sólida.


Com longa trajetória como pastor e deputado federal, Feliciano tem forte apelo entre o eleitorado evangélico e conservador. Sua atuação constante em pautas de costumes, defesa da liberdade religiosa e crítica ao que chama de “ativismo judicial” o transformaram em uma das vozes mais conhecidas do segmento no Congresso Nacional.


Internamente, o nome do parlamentar conta com respaldo crescente de lideranças da Assembleia de Deus e outras igrejas influentes. Fontes ligadas ao PL relatam que pastores como Silas Malafaia e José Wellington Bezerra da Costa têm sinalizado apoio à sua candidatura, o que garantiria ao deputado uma plataforma robusta para campanha, incluindo palanques em grandes eventos religiosos por todo o estado.



Alianças ainda em construção



Apesar da boa colocação nas pesquisas e da força entre os evangélicos, a candidatura de Feliciano ainda depende de uma costura política mais ampla dentro do PL. Parte da sigla defende que o partido aposte em um nome mais alinhado ao governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos), com foco na pauta da segurança pública — um campo onde Feliciano não tem atuação predominante.


Além disso, há lideranças que enxergam com reservas a candidatura do pastor por considerarem seu discurso demasiadamente polarizador. Ainda assim, a avaliação majoritária entre os articuladores da sigla é de que o PL precisa manter um nome forte ligado ao bolsonarismo e que dialogue com o eleitorado evangélico, majoritário entre os apoiadores da direita no estado.



Uma candidatura em ascensão



Caso o partido confirme a candidatura, Marco Feliciano pode herdar parte do eleitorado de Eduardo Bolsonaro, consolidando-se como a principal voz do conservadorismo religioso na disputa pelo Senado em São Paulo. Sua presença constante nas redes sociais, base eleitoral fiel e alianças com nomes influentes da fé neopentecostal reforçam sua competitividade, especialmente em um cenário onde os nomes tradicionais do bolsonarismo paulista estão cada vez mais dispersos entre diferentes siglas.


A expectativa é de que o PL defina seu plano para o Senado ainda no segundo semestre deste ano, quando as articulações internas devem ganhar ritmo. Até lá, Feliciano segue construindo pontes e acumulando força no campo religioso, de olho em uma vaga que pode garantir ao segmento evangélico mais protagonismo no Congresso Nacional a partir de 2027.





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