Justiça homologa acordo entre pastor Nilson Depetris e Assembleia de Deus em Curitiba e encerra disputa judicial

Um dos conflitos mais comentados recentemente entre lideranças evangélicas de Curitiba chegou ao fim. Em audiência realizada na última terça-feira (10), o Juizado Especial Cível e Criminal do bairro Cajuru homologou um acordo entre o pastor Nilson Depetris e a Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Curitiba (IEADC), representada pelos pastores Wagner Tadeu dos Santos Gaby e Gilmar Antônio de Andrade.
A audiência, conduzida de forma virtual, teve início às 16h10 e foi encerrada às 16h58. O processo de número 0003745-97.2024.8.16.0204, em tramitação desde o início de 2024, ganhou notoriedade após declarações públicas feitas por Depetris a respeito de sua destituição da liderança da congregação Capão da Embuia.
O caso repercutiu nas redes sociais e dividiu opiniões dentro do campo eclesiástico, o que levou à judicialização do conflito sob a alegação de danos morais e institucionais.
Termos do acordo
Durante a audiência, presidida pelo juiz leigo Junior Cardenas Moreno e supervisionada pela juíza Letícia Guimarães, as partes firmaram um acordo judicial com os seguintes termos:
- Compromisso de respeito mútuo: Ambas as partes se comprometeram a manter uma postura cordial, evitando manifestações que possam ferir a imagem ou a honra de qualquer um dos envolvidos.
- Quitação geral e irrevogável: As partes declararam-se plenamente satisfeitas, abrindo mão de qualquer nova ação judicial ou reclamação relacionada ao caso.
- Extinção do processo com resolução de mérito: Conforme o artigo 487, III, “b”, do Código de Processo Civil, o processo foi extinto definitivamente com a homologação do acordo.
O termo de audiência foi assinado digitalmente e disponibilizado às partes via Microsoft Teams, conforme orientações do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR).
Advogados e representações
O pastor Nilson Depetris foi representado pelas advogadas Mayara Schirmer (OAB/PR 96.455) e Kauane Depetris (OAB/PR 119.823). Já a IEADC, junto aos pastores Wagner Gaby e Gilmar Andrade, contou com a defesa dos advogados Natanael Silva (OAB/PR 53.999) e Everton Rodrigues dos Santos (OAB/PR 111.073).
Clima de encerramento, mas com repercussão
Apesar do encerramento oficial da ação judicial, o caso segue sendo comentado nos bastidores da Assembleia de Deus em Curitiba. A repercussão das falas de Depetris e o impacto institucional da sua saída ainda geram discussões entre membros e lideranças.
A conciliação, no entanto, representa um passo importante na tentativa de pacificação dentro do ministério, diante de um episódio que trouxe à tona tensões internas raramente expostas publicamente em igrejas históricas como a IEADC.
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