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Araguina,23/06/2025

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Miguel Oliveira volta a causar polêmica ao chamar Conselho Tutelar de “raça de bandidos” nas redes sociais


Miguel Oliveira volta a causar polêmica ao chamar Conselho Tutelar de “raça de bandidos” nas redes sociais

O pregador mirim Miguel Oliveira, conhecido nacionalmente por sua atuação em igrejas evangélicas e grande influência nas redes sociais, voltou a ser alvo de polêmica nesta terça-feira (11) após publicar um ataque direto ao Conselho Tutelar em seus stories no Instagram. Em tom inflamado, o jovem missionário se referiu aos conselheiros como “raça de bandidos” e questionou a atuação do órgão, reacendendo um embate que já havia causado controvérsia meses atrás.


A frase, publicada sem rodeios em uma imagem nos stories, trazia críticas ao que Miguel considera uma perseguição injusta por parte do Conselho Tutelar:

“E aí, Conselho Tutelar? Virou moda? Já tentaram me tirar do altar, agora querem impedir o sonho de uma criança. Vocês não têm o que fazer e querem mostrar serviço ao governo. Vocês são muito canalhas. Vai lá no morro caçar os meninos que estão traficando. Raça de bandidos!”


A postagem rapidamente viralizou e gerou reações intensas — tanto de apoio quanto de repúdio — entre seus seguidores, líderes religiosos e defensores dos direitos da criança e do adolescente.



Histórico de conflitos com o Conselho Tutelar



Miguel Oliveira, que tem apenas 12 anos, foi alvo de medidas protetivas em 2024 após uma série de denúncias envolvendo exposição precoce, exploração religiosa e falas problemáticas em cultos transmitidos online. Entre as alegações estavam promessas de cura em troca de ofertas financeiras e discursos com teor considerado inadequado para sua idade.


À época, o Conselho Tutelar determinou o afastamento temporário do púlpito, a proibição de transmissões pela internet e a suspensão de viagens para eventos religiosos. A medida gerou amplo debate público, com parte da comunidade evangélica defendendo o jovem e seus familiares, enquanto especialistas alertavam para possíveis violações do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).


Nos meses seguintes, a família de Miguel afirmou que ele havia retornado às atividades de forma orientada, com acompanhamento profissional. O jovem voltou a fazer aparições em igrejas e eventos, além de retomar sua presença ativa nas redes sociais.



Nova crise e silêncio oficial



A nova declaração acende um alerta sobre o cumprimento das recomendações anteriormente impostas e coloca novamente em evidência o papel da família e de seus mentores espirituais no controle do conteúdo divulgado pelo jovem pregador.


Procurado pela reportagem, o Conselho Tutelar ainda não emitiu uma nota oficial sobre o caso. No entanto, conselheiros ouvidos em caráter reservado classificaram a publicação como “grave” e “incompatível com a responsabilidade pública que uma figura influente, ainda que menor de idade, deve ter”.


Até o momento, a assessoria de Miguel também não se manifestou sobre a postagem, que permanece disponível em seu perfil. Não está claro se o conteúdo foi publicado diretamente por ele ou por responsáveis que administram suas redes sociais.



Divisão nas redes



Nas redes sociais, a repercussão foi imediata. Seguidores do pregador defenderam o jovem, dizendo que ele está apenas reagindo à perseguição e que o Conselho estaria tentando silenciar um “instrumento de Deus”. Já críticos apontam irresponsabilidade, desrespeito às instituições e falta de discernimento na forma como o tema foi abordado publicamente.


A nova polêmica levanta novamente o debate sobre os limites da exposição infantil nas mídias digitais e nos espaços religiosos, e reacende discussões sobre o papel das autoridades na proteção de menores submetidos a pressões e responsabilidades incompatíveis com sua idade.





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